Olá malta!!! Como não poderia deixar de ser, Paul George e
Kevin Love dominam o Desconto de Tempo desta semana. Vamos a isso…
Olá NBA FANS –
Portugal. O Paul George lesionou-se com gravidade e li que vai ficar de fora a
época toda. Como ficam os Pacers? Podem contratar um substituto ou vão ter
de ficar com o plantel que têm agora?
Francisco Ramos
Olhão
Olá Francisco. Ora bem, essa é uma questão que só o Larry
Bird pode responder. Os Pacers vão poder beneficiar de uma excepção chamada Disabled Player Exception (DPE). Esta excepção permite-lhes contratar (ou
trocar) um jogador por uma época (e uma época apenas, ou seja não pode trocar
por um jogador que tenha mais do que um ano de contrato ou assinar um jogador
por mais do que um ano) pelo valor de metade do salário do jogador magoado ou
a Non-Tax player Mid-level exception, das duas a que for menor. Neste caso,
como o Paul George recebe mais de 15M, a DPE vai ser pelo valor da Mid-Level
que é cerca de 5,3M. Com este dinheiro, os Pacers podiam oferecer um contrato
ao Shawn Marion, por exemplo, e manter um cinco respeitável. Mas aqui a questão
é outra. É uma questão de política. Os Pacers não são uma equipa para pagar
Tax. E estão neste momento a 2M da Tax line. A DPE dá-lhes 5,3M para substituírem
o Paul George mas o dinheiro conta para o cap e para o tax na mesma. Ficaria
surpreendido se os Pacers usassem a DPE, fazendo-os pagar tax numa época em
que, mesmo assim, não têm hipóteses de serem campeões. Os donos do franchises
estão por vezes dispostos a pagar tax numa situação em que a sua equipa têm hipóteses
de ganhar. Sem Lance Stephenson e Paul George (que o ano passado representaram
entre 30% e 40% dos pontos e assistências da equipa), esta equipa dificilmente está
numa winning situation, por mais que o Este esteja em aberto. Para além disso,
os Pacers têm 15 jogadores com contrato. Nem todos garantidos, mas teriam que
mandar embora alguém para poder trazer alguém.
#Costa
Parece que o Love vai
mesmo para os Cavs. Acham que Wiggins, Bennett e uma first round pick é um
preço justo por ele?
Tiago Branco
Porto
Olá Tiago. É a troca que mais se tem falado desde o início
mas penso que não ficará só por isso. Acho que terá mais implicações e se
calhar juntará mais uma equipa. Os Wolves querem despejar salários (fala-se insistentemente em Kevin Martin e JJ Barea) e querem
aproveitar a troca do Kevin Love para isso. Tendo em conta o cap space, os
Sixers têm sido mencionados como possível parceiro para a troca. E se for bem
recompensado por isso, vejo os Sixers serem envolvidos nisso, até porque já
demonstraram interesse no Dion Waiters e pode ser uma maneira de o conseguir. Há
também um report que aponta para o interesse do Wolves no Thad Young como substituto
do Love em Minnesota. Tudo isto junto pode fazer com que haja uma troca a três.
Se assim for é normal todos estes reports diferentes porque há muito cenários
em cima da mesa e não fácil chegar a um consenso que agrade a duas equipas, quanto
mais a três. Mas creio que no fim de contas, vão acertar uma troca à volta da
ideia inicial e tentar “misturar” mais alguns jogadores. Dia 24, 25 de Agosto devemos ter
mais novidades.
#Costa
Olá pessoal, gosto
muito da vossa página e vou lá todos os dias. É muito cool.
Tenho três perguntas
para vocês:
1. A lesão do Paul
George foi inacreditável. Li que isto vai afectar a disponibilidade dos
jogadores da NBA em jogar pela selecção. Vão ser proibidos de jogar?
2. Li também que a
base da tabela estava muito perto da linha final. Foi isto que causou a lesão?
3. Quanto tempo o
Paul George vai ficar de fora?
Hugo Almeida
Sintra
Olá Hugo e obrigado pela força.
Pergunta 1: A NBA tem um acordo assinado com a FIBA e creio
que não vai proibir jogador nenhum de jogar em Olimpíadas ou campeonatos do
mundo. Há muitos factores envolvidos e o principal é… os jogadores quererem
jogar pela TEAM USA. Há uma visibilidade maior, há contratos de patrocínio de
marcas desportivas e também orgulho nacionalista em causa. Na minha opinião não
faz sentido proibir nada disto. Sim, a lesão do Paul George foi lamentável. Mas
podia ter acontecido num treino ou num jogo dessas ligas amadoras que os
jogadores jogam durante o verão. Vão proibir os jogadores de fazer isso? E vão proibi-los
de treinar? Também já li por aí que poderiam pensar em deixar a TEAM USA para
os jovens e proibir os mais velhos de irem. Boa! O Paul George, em todo o azar
que teve, já assinou um contrato gordo que o assegura financeiramente caso (altamente
improvável, tenho que dizer) esta lesão seja mais grave do que se pensa e afecte o futuro
da sua carreira. Mas se acontecesse tal a um jovem jogador a sair da
universidade como era? Uma mão à frente e outra atrás certo? Os owners estão
obviamente a tentar zelar pelos seus interesses mas há muitas mais coisas a pensar do que no bolso deles.
Pergunta 2: A base da tabela estava de facto mais perto do
que é normal. Os requisitos normais para a distância entre a base da tabela e a linha final na NBA são de 4 feet. Ora, a tabela sexta-feira estava a 3 feet
e 11 inches. Ou seja, estava a menos cerca de 3 centímetros. Não me parece que esses 3
centímetros tenha sido mais determinantes para a lesão do Paul George do que o
seu magnífico poder atlético e o seu foco que faz com que jogue sempre a sério,
mesmo numa peladinha como aquela. De notar que habitualmente as bases das
tabelas costumam estar mais afastadas (habitualmente 6-8 feet) mas existem 2
pavilhões na NBA (creio ser o dos Kings e o dos Jazz) que simplesmente cumprem o
regulamentado e estão a 4 feet. Para além disso, a TEAM USA usa aquele pavilhão
desde 2006 e foi a primeira lesão que ocorreu. Acontece. Foi azar. Há que tomar
medidas para proteger mais os jogadores mas não acho que agora seja momento de
atribuir culpas. É altura é de tentar ver o que se pode fazer no futuro para
evitar acidentes estúpidos como este. E a verdade é que, mesmo que a base da tabela
estivesse mais atrás, ninguém pode garantir que o Paul George não pudesse cair
mal e rasgar um joelho ou um tornozelo, podendo acabar com uma lesão ainda
pior. Por tudo isto, acho que não faz sentido estar a apontar o dedo à base da
tabela como responsável por aquilo que foi um lamentável acidente.
Pergunta 3: Todas as lesões graves têm tempos de recuperação
diferentes. Porque dependem das pessoas que as sofrem e as pessoas são todas diferentes.
Segundo os reports, a operação correu muito bem e os danos não foram para além
do osso (não houve danos nos ligamentos e nas artérias, como, por exemplo, no
caso do Shaun Livingston). Assim sendo, é preciso regenerar o osso e depois
partir para a recuperação física e mental. Já li que o Kevin Ware (jogador que
também teve uma factura parecida num jogo do March Madness em 2013) voltou
passados 7 meses mas que o regresso não correu bem. Também já li que serão
precisos cerca de 18 meses, fazendo com que o jogador perca época e meia. Não
sendo médico mas tendo lido um pouco sobre isto, creio que deverá ser seguro
de apostar que o Paul George vai falhar toda a próxima época e aproveitar o
tempo até Setembro de 2015 para entrar saudável no training camp de 2015/2016.
Pode ser menos tempo, pode ser mais, mas uma coisa tenho a certeza: não vejo os Pacers a arriscar um
regresso prematuro de uma lesão que tem tudo para um regresso a 100%.
#Costa
Ora bem malta, esta semana ficamos por aqui. Continuem desse
lado que eu continuarei deste...
Não se
esqueçam de mandar as vossas opiniões e dúvidas para
correio.nbafansportugal@gmail.com com o vosso nome e naturalidade.
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